Não é de hoje que o aumento da produtividade é um dos principais desafios da construção civil brasileira. Para atingir este objetivo e ter controle das obras, é preciso gerir cronogramas com assertividade e ter uma boa gestão da equipe, com informações confiáveis e atualizadas em tempo real, além de um planejamento que considere a otimização do fluxo de produção em canteiro.
Para colocar isso em prática, a construtora Dasart Engenharia passou a adotar conceitos de Lean Thinking em seus canteiros e contou com o apoio do Agilean para gerir e controlar suas obras de acordo com esse novo paradigma de produção.
“O Agilean tem bastante foco na produtividade. Como o planejamento é feito em linha de balanço, ele promove uma ideia de fluxo de serviço de equipes. Ou seja, ao criar as tarefas [dentro do Agilean], temos que pensar na formação das equipes e, consequentemente, na execução em canteiro”, explica Elcio Filho, gestor de obras da Dasart.
A seguir, vamos entender como a construtora garantiu um melhor planejamento e controle das obras ao utilizar o Agilean no projeto Reserva dos Ipês. A obra conta com cinco torres, seis pavimentos e oito apartamentos por andar, totalizando 240 unidades.
Os desafios da Dasart
A Dasart Engenharia é uma empresa jovem, fundada em 2015, e de crescimento consistente. Atualmente, conta com duas obras de incorporação, além da construção de um grande shopping e a ampliação de uma fábrica. Como desafio operacional, a incorporadora precisa executar essas duas grandes obras ao mesmo tempo.
Em 2022, a previsão da empresa é ter seis obras para executar simultaneamente e, em 2023, oito obras. O objetivo é crescer ano a ano o número de obras e essa foi umas das razões para ter buscado o Agilean.
Entre os desafios operacionais, a construtora tinha como dificuldade saber, em tempo real e de forma simples, em que estavam trabalhando as equipes e se estavam atendendo aos cronogramas. Ao utilizar o Agilean e os conceitos de lean thinking, a forma de organizar a produção começou desde o planejamento.
Planejamento da obra
O planejamento da obra do Reserva dos Ipês ocorreu em três grandes etapas, tudo com informações inseridas via Agilean:
- Elaboração do Planejamento de Longo Prazo: De acordo com o projeto, são definidas as macro etapas da obra, as precedências e lançados os custos. É neste momento, também, em que é gerada a Linha de Balanço da obra.
- Definição dos recursos para historigrama: Nesta etapa são criadas as equipes e definição dos pacotes de serviços. O Agilean então gera o histograma de mão de obra de acordo com o planejamento.
- Geração da Linha de Base: Com todos os estudos feitos e ajustes necessários, é gerada a Linha Base da obra, que será referência para a etapa seguinte, de controle de obra.
Ao realizar este processo de planejamento com foco no fluxo da construção, considerando formação de equipes e distribuição das tarefas, a produtividade em canteiro é priorizada desde a etapa de planejamento.
Controle das obras
Feito o planejamento e iniciada a execução, a equipe de obra da Dasart tem uma rotina de reuniões semanais, divididas em ciclos mensais, para avaliar o planejamento de curto, médio e longo prazo da obra. Cada uma destas análises tem um objetivo específico:
- Longo prazo: baseado no plano global e curva S do projeto, são analisadas se as premissas de avanço físico e custo de produção estão de acordo com a linha de base e quais as tendências de custos e prazos para a obra.
- Médio prazo: detalha-se o plano de longo prazo em um horizonte de 3 meses e são identificadas as restrições para o início e término, conforme planejado, de cada atividade. Para cada restrição são definidos na plataforma Agilean os responsáveis e as datas limite para sua resolução de forma que elas não prejudiquem o fluxo das atividades planejadas. Toda a gestão das restrições e comunicação com os envolvidos é feita pelo Agilean.
- Curto prazo: analisa as atividades que não tem mais restrições e estão aptas a serem executadas sem desvios de produtividade e riscos de geração de retrabalhos.
As três análises acima são divididas ao longo do mês na rotina de reuniões da equipe da obra, da seguinte forma:
Semana 1
Nesta reunião é planejada a execução da semana seguinte, ou seja, o planejamento de curto prazo. Este planejamento se repete em todas as quatro semanas do ciclo. Nele, a coordenação da obra passa para as equipes de produção tudo o que precisa ser feito.
Toda a execução da semana precisa estar desenhada nessa etapa. Nesta primeira semana é feito também realizado controle de equipe e de custos.
Semana 2
É quando acontece a reunião de fechamento com a diretoria apresentando todos os resultados apurados do mês anterior. É também dada continuidade à gestão de curto prazo da obra, que é realizada de forma semanal.
Semana 3
Na terceira semana, é realizado o planejamento de médio prazo. Um dos principais objetivos desta etapa é eliminar possíveis restrições aos serviços.
Semana 4
Na quarta e última semana é realizada a reprogramação mensal da linha de balanço. Conforme as atividades ficam prontas e são atualizadas automaticamente pelas estações Agilean, o engenheiro terá ao final do mês todas as informações necessárias para gerar seus planos de ação, se necessário.
Resultados
A assertividade foi o ponto de destaque da utilização do Agilean na avaliação da Dasart. Além disso, a visão clara e atualizada do andamento da obra garantem que tanto a equipe como os gestores consigam acompanhar melhor as tarefas e o controle das obras.
Confira a seguir a lista de melhorias que a Dasart Engenharia constatou com a utilização do Agilean:
- Assertividade do planejamento de obras.
- Aumento da produtividade devido ao maior controle tanto da equipe de gestão quanto da equipe de produção.
- Aumento da transparência pelo fato de as principais informações da obra estarem disponíveis nos dashboard.
- Disponibilidade em tempo real das informações, em qualquer aparelho com internet, como celular ou tablet.
- No planejamento de médio prazo, o fato de se definir responsáveis pelas restrições, tanto de setores internos como externos, ajudou a mapear de forma mais direta os gargalos com fornecedores e suprimentos.
Confira os detalhes desse case de aumento de produtividade com a visão da Dasart Engenharia: